24 de agosto de 2011

Mudança

Sumi, mas só fisicamente, penso no blog o tempo inteiro. Além da mudança de endereço, estou enfrentando uma situação nova na vida, que é emocionalmente muito desgastante, apesar de engrandecedora. A mudança em si está me tomando mais tempo que o esperado, porque sair de uma casa com duas crianças e ir para um apartamento requer se desfazer de algumas coisas e comprar outras mais específicas para vida em apê. Pra mim é tudo novo, pois nos últimos 6 anos morei em casa, com terraço, quintal, plantas... E na verdade morei em apartamentos em poucas ocasiões na minha vida, e sempre por curto período de tempo.
Faz quase uma semana que mudei, mas já sinto saudade da antiga casa... Sobretudo da tranquilidade de ver minhas filhas correndo para um lado e para o outro, de vê-las brincando no jardim, pegando bichinhos (soldadinhos), colhendo minhas rosas sem minha autorização (agora acho um amor...). Elas estão sentindo falta de espaço, eu percebo, como eu. Mas sei que a gente vai se acostumar... Afinal, é só uma fase das nossas vidas, e como toda fase, vai passar. Na verdade ainda não entreguei as chaves da casa, ainda tem algumas coisas pra pegar na antiga morada, então acompanho ainda minha querida bananeira e meu mamoeiro... Acho que vou conseguir levar o cacho comigo!!
As coisas no apartamento, assim como nossas vidas, estão se ajustando aos poucos. Só falta instalar as cortinas (com blecautes reforçados nos quartos!!) e comprar mais móveis para a cozinha (e, claro, desencaixotar algumas coisas!). O lado positivo é que agora minha sala de jantar está num cômodo bem iluminado então poderei fazer belas fotos para o blog!
Descobri, nesse momento difícil de minha vida, a verdadeira importância dos amigos. É muito bom receber uma ligação de alguém disposto a ajudar. Só isso já ajuda, não é?

Mas enfim, esse post era só pra dizer que estou viva, mesmo que passando por um momento turbulento e que não vejo a hora de recolocar as mãos nas panelas, pois os últimos dias tem sido extremamente monótomos, de um ponto de vista gastronômico...

Agradeço especialmente a minha prima Renata, que trouxe pão doce e cocacola pra lanchar na véspera da mudança, quando eu e minha mãe estávamos completamente cobertas de poeira e a casa cheia de caixas de papelão. Foi o melhor lanche de todos os tempos!

14 de agosto de 2011

Camarão tailandês


Como comentei antes, trouxe de Florianópolis, entre outras coisas, uma pasta de curry. Pasta de curry não é igual ao tempero seco e amarelo chamado curry, que encontramos facilmente nos supermercados. Na verdade, curry quer dizer uma mistura de temperos e a pasta de curry é uma mistura de temperos acrescentada de óleo, o que dá a consistência de pasta, ou creme. As pastas de curry que existem podem ser bem variadas, de cores diferentes, e geralmente são bem picantes. Em Florianópolis comprei um Thai curry, uma pasta vermelha, com alguns ingredientes bem típicos da comida tailandesa, como o capim santo. Uma pasta de curry é um ingrediente extremamente eclético, vai bem com frango, arroz, peixe, legumes, camarão, e por ser super saboroso, não precisamos usar quase nada além dele pra fazer um prato delicioso.
Eu já tinha usado com legumes, mas ainda queria provar com camarão. O almoço do dia dos pais foi feito em meia hora!


Camarão tailandês

Ingredientes:

1/2 cebola picada
400g de camarão grande
1 tomate bem maduro sem sementes e cortado em pedaços pequenos
1 e 1/2 col. (sopa) de pasta de curry (voce pode colocar mais, depende do seu gosto. Como seria um almoço com crianças, eu peguei leve)
1 xícara de leite de coco
sal e coentro a gosto

Como fazer:

Numa panela funda, refogue a cebola em um pouco de óleo. Acrescente os camarões e deixe refogando uns cinco minutos. Adicione o tomate, mexa, adicione a pasta de curry, misture bem e coloque o leite de coco. Misture bem, cubra a panela e deixe cozinhando por mais cinco minutos. Verifique se os camarões estão cozidos, coloque sal a gosto e depois de desligar o fogo tempere com o coentro picado. Sirva com batata doce temperada com azeite e coentro, e arroz branco.

13 de agosto de 2011

Minha bananeira e um exercício de desapego


Antes de mais nada queria dizer que o último post me deixou bem chateada. Não adiantou editar e reeditar, ele saiu do jeito que o Blogger quis, e não do jeito que eu costumo editar minhas postagens. Desculpem. Bem, chega de choramingar...

Depois que saí do último apartamento em que morei, eu nunca pensei que moraria em um apartamento de novo... Quando me mudei pra essa casa, esperava morar nela até construir a minha própria, mas a vida é um incessante desenrolar de quebradas-de-cara e pagadas-pela-língua. No bom sentido, não há pessimismo na afirmação. Então, como dizia, estou de mudança, e pra um apartamento... Aproveito pra dizer que é por isso que ando tão sumida. A decisão de mudar e a energia despendida para procurar um outro canto são esgotantes... Sem contar nas quarenta e sete outras coisas que estão acontecendo na minha vida atualmente, ao mesmo tempo.
Mudar é bom, dá um certo trabalho, mas é bom. O lado bom é que a gente joga um monte de coisas inúteis que vão se acumulando ao longo da existência, renova as energias domésticas. O lado ruim é tirar tudo dos móveis, preparar as caixas, acompanhar a mudança em si, fazer um faxinão na casa nova, fazer reparos cá e lá, pintar a antiga morada, todo aquele processo burocrático e logístico de mudança de endereço.
Mas dessa vez, o que será pior, pior.... será ter que deixar minha bananeira linda que está dando seu primeiro cacho... e meu mamoeiro carregadinho de mamões verdes, prestes a amadurecerem... A bananeira, que trouxe de Mamanguape... plantei, vi crescer... o cacho que vi aparecer, as bananas que engordam cada dia mais... que acompanho... É como gestar um filho e parir pra outra criar... que dó. 
QUE DÓ!
Acho que vou convencer o corretor a me permitir colher o cacho de banana, quando ele estiver pronto... vou exigir que ele insira isso no próximo contrato de locação que a casa tiver: "O cacho de banana que porventura existir quando da entrega das chaves é de propriedade inalienável da antiga moradora"...
Ou então eu vou ter que fazer um ritual de desapego... Fazer meu luto, vai ser difícil.
Pela casa, que adoro, não vou sofrer não. Já morei em lugares ainda melhores - em Brasília morava no  Paraíso, quem conhece sabe - e sei que um dia estarei na minha casa, feita do jeitinho que quero. 
Mas pela bananeira... Desculpem, eu sou um ser inferior.

1 de agosto de 2011

Ricota de leite de cabra


Andei sumida, eu sei... Dessa vez viajei e não falei nada pra ninguém, mas é que foi uma viagem combinada, marcada e comprada de ultíssima hora. Fui passar uma semana de férias em Florianópolis, sozinha. Como assim? Fiquei na casa de uma amiga, que me disse que só uma aquariana teria coragem de passar férias sozinha, sem os filhos, sem ninguém. Será? Pena para as mães de outros signos, então!
Mas de qualquer forma, como disse, fiquei na casa de uma amiga, então não posso dizer que fiquei completamente sozinha, certo?
O que fiz em uma semana? Tomei café do Kênia, comi pão e cookies caseiros, andei por dunas e morros, comi tainha e barrigudo, conheci uma padaria que tem uma mesa só, comunitária, gravei milhares de músicas da Madonna (minha amiga tem TODOS os CDs dela), comprei açúcar baunilhado, pasta de curry e aveia em grãos, conversei na frente da lareira, tirei foto de dois gatos lindos, e descobri que a ilha é isso tudo que todos falam: é liiiiiiinda, e as pessoas são educadas e simpáticas (e lindas!). E saí de lá querendo me mudar pra lá, como todo mundo! Ok, me mudar eu não garanto, mas voltar, vou voltar com certeza. O tempo nem sempre ficou bom para fotos mas está tudo gravado na minha memória...

De volta à vida real (renovada, energizada e com o tanque da paciência cheinho), resolvi por em prática uma tentativa de fazer queijo de cabra caseiro. Não vá pensando que consegui fazer aquele queijo durinho, mas uma bela ricota sim. Deu super certo, e foi bem fácil de fazer.

Ricota de leite de cabra
Ingredientes:
1 litro de leite de cabra (use o leite que é vendido em garrafas de tetrapack)
50 ml de vinagre (de maçã ou de vinho branco)
Sal
Como fazer:
Coloque o leite para ferver. Após a fervura, desligue o fogo e aguarde alguns minutos. Despeje o vinagre no leite, mexa um pouco e deixe o leite talhar por mais ou menos meia hora, sem mexer. Disponha uma peneira por cima de um recipiente relativamente fundo, como uma saladeira, e por cima da peneira disponha um paninho de algodão limpo (pode ser um simples pano de prato). Vá retirando o leite talhado com uma grande escumadeira e coloque por cima da peneira. Descarte o soro do leite que sobrar na panela. Deixe o queijo escorrer um pouco, até esfriar completamente. Tire o queijo da peneira e coloque-o num recipiente. Salgue a gosto, tampe bem o recipiente e conserve em geladeira. Você pode temperar com algumas ervas secas.
Se posso comer queijo de cabra com minha alergia a leite? Até posso, com bastante moderação. Experimente!