27 de fevereiro de 2011

Cara nova

Queridos leitores,

Passou meio batido, mas o fato é que o último post foi o 50° do blog. E para comemorar, pensei em deixá-lo mais bonitinho, com cara de blog sério, ;)
Vejam então que algumas coisas mudaram. Acho que agora ficou melhor, a proposta fica evidente já no título, não acham? Mudei umas coisinhas aqui do lado direito também, e atualizei a página de artigos e referências, lá em cima. Fiquem a vontade pra dar uma olhadinha geral.

Queria aproveitar a ocasião para dar um alô aos que me acessam de muito longe, não sei sequer se entendem meu português, então: HI YOU THAT DON´T SPEAK PORTUGUESE!!!
E também para minha tia querida, que aprendeu a falar português em 1979 e até hoje não esqueceu de tudo: Bonjour Tata Clo, toi qui est si loin et qui essaie de me lire bravement!

Beijos a todos, em breve trarei mais receitas!

Ma

15 de fevereiro de 2011

Omelete de aniversário


Tenho que confessar, minha vida mudou depois que aprendi a fazer omelete com um video da Rita Lobo. Como ela mesma diz: tem coisas que a gente só consegue explicar mostrando como se faz. Não que nunca tivesse arriscado fazer uma omelete. Mas assim, profi, nunca tinha feito não. E o modo de fazer faz toda a diferença, é inacreditável.
No dia do meu aniversário (e penúltimo dia de férias, snif!), resolvi começar o dia bem, e coloquei em prática o que vi no video. Misture bem com um batedor de arame ovos caipira e uma colher de sopa de leite de soja (não adoçado) para cada ovo usado... Coloque numa frigideira untada com óleo...
Assita o video e veja o que fazer durante o cozimento...


Ops, é melhor fazer isso antes de por os ovos na panela...
Antes de dobrar a omelete tempere com sal e ervas finas...


Ficou pronta?


Pode servir. Meu café da manhã ficou muito chique!


Aliás, com uma omelete dessas você faz bonito em qualquer refeição leve! O que servir com ela? Uma saladona de folhas verdes, ou um macarrãozinho no alho e óleo. C´est tout!

10 de fevereiro de 2011

Patinho orgânico recheado


Uma vez jantei na casa de uma tia natureba e o prato principal era carne assada com batatas, servido com molho de abacaxi (é natureba mas é chique, tá?). Quando soube do menu perguntei: "Tia, você, comendo carne?". E ela respondeu: "De vez em quando como sim, e essa é orgânica... menos mal!".
Peraí! Carne orgânica? Em JOÃO PESSOA??? Ela me explicou que naquele supermercado caríssimo que tem na Av. Epitácio Pessoa (essa é para quem mora aqui em JPA) a gente encontra patinho orgânico, sim. O prato estava uma delícia, então resolvi conferir que carne era aquela.
Bem, o fato é que a tal carne existe mesmo, e o preço é equivalente ao preço de uma carne não-orgânica.
Algumas pessoas acham que é contraditório comer carne e comer orgânico (não estou falando da palavra "orgânico" na sua definição legal, mas sim no seu sentido filosófico). Depois de muito refletir a respeito, acho que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Comida orgânica é aquela que, em seu processo produtivo, deveria respeitar todos os processos naturais de ciclagem de nutrientes, e energia, e relações ecológicas entre espécies. Incluindo aí a relação do homem com as espécies que o alimentam. O gado de corte pode ser produzido de forma socialmente justa e ambientalmente correta. Pode também ser criado de forma a respeitar as necessidade do animal e terminar com um abate humanizado. O que mais um boi quer além de pastar livremente capim fresquinho pela vida toda? E do que mais o capim precisa além de ser comido (e ter suas sementes propagadas) por ruminantes? Isso não é respeitar as leis da natureza?
O livro "O Dilema do Onívoro", do Michael Pollan, mostra claramente que para ser ético e ecologicamente correto na hora de comer, devemos pensar muito mais na forma como nossos alimentos são produzidos do que no reino da espécie que colocamos no prato (reino animal X reino vegetal). Eu concordo com isso. Acho que devemos comer com bom senso.
Desculpem a viagem, mas ainda estou sob os efeitos da leitura do "Dilema" (já terminei de ler o livro faz dois meses e ainda penso muito no que li). Recomendo pra todos que se importam com o que botam no prato.
Então! Voltando ao nosso patinho, a primeira vez que o preparei resolvi adaptar uma receita daquela revistinha Claudia Comida e Bebida de patinho recheado. Digo adaptar, e não fazer, porque a receita original levava ricota no recheio. Vejam como ficou a receita do meu recheio:

Recheio para carne recheada

Ingredientes:

6 fatias de pão de forma sem casca
Leite de soja não adoçado
1 col. (sopa) de mostarda
1 ou 2 talos de salsão picado
1 cenoura pequena ralada
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Como fiz:

Rasgue as fatias de pão em pedaços pequenos. Acrescente leite de soja suficiente para formar uma massa úmida, mas não tão molhada. Adicione a mostarda, o salsão picado, a cenoura ralada e misture bem. Coloque sal e pimenta a gosto.


Para fazer o patinho recheado, siga as fotos: com o recheio pronto, corte a peça de patinho orgânico em bifes (o tamanho não importa, na receita original pede-se para cortar uma peça de 1 quilo num bife só, recheia-se, e enrola-se a peça num pedaço único. Eu prefiro fazer pequenos enroladinhos, como na foto). Disponha o recheio dentro das fatias de bife e enrole-as com cuidado. Prenda o enrolado com palitos ou com barbantes, como na foto.
Doure os bifes enrolados na manteiga numa panela funda. Quando estiverem bem dourados, cubra-os com molho de tomate. Deixe cozinhar em fogo baixo até a carne ficar bem macia. Tome cuidado para o molho não grudar no fundo da panela. Se o molho secar demais, acrescente um pouco de água, ou mais molho. Quando estiver cozido, coloque sal a gosto. O recheio acaba "escapulindo" um pouco da carne enrolada e engrossa o caldo. Delícia!

8 de fevereiro de 2011

Comida de viagem


Como disse antes, a viagem para Japaratinga, em Alagoas, foi maravilhosa. Fomos e voltamos de carro, portanto, lanchinhos eram obrigatórios. A princípio não sabíamos se teríamos acesso a almoço ou jantar facilmente, pois sabíamos que a pousada era um pouco isolada, e para não chegarmos cansados de viagem e termos que sair de novo pra caçar uma refeição pras crianças, fiz uma verdadeira matula de comidinhas pra levar.
Pensando nos comes para viagem, fiz um bolo delicioso que está lá no site Panelinha, um Bolo inglês integral. Como não tinha farinha de trigo integral na mão, usei só farinha branca mesmo. Esse bolo é ótimo, cheio de crocantes e não leva leite. As frutas secas podem ser facilmente substituídas, e o resultado não fica comprometido.



Pensando no jantar incerto, preparei uma torta salgada de liquidificador, como aquela que já postei aqui, sendo que dessa vez com atum e milho no recheio, ao invés de frango.
Não vou repetir as receitas do bolo e da torta, pois tenho horror a postagens que ficam dando receita copiada de outras fontes (poxa, é só botar o link da receita...). Então, clique no link e confira.



Ah! E para meus leitores que gostam de dicas de produtos sem leite, vejam só o que acrescentei à matula. Vai também a opinião das crianças a respeito dos produtos:

-Iogurte de soja (aquele novo, de beber). Acho que aprenderam a gostar. Tomam todinho, mas não pedem outro, ;)
-Pipoca doce de arroz. Vão comendo de pouquinho em pouquinho, até acabar e a pequena começar a catar os que caíram no chão. Ou seja, adoram.
-Caixinha de achocolatado de soja. Alguém poderia me explicar por que o tal fabricante usa alfarroba na composição e não cacau? Minha filha mais velha não gosta... Não precisa insistir pro seu filho gostar, o negócio tem um gosto esquisito mesmo. Vamos ser francos: já não tem leite de verdade, e ainda botam chocolate de mentira... não dá pra ser bom.
-Biscoito natureba de cacau (tipo Jasmine ou Vitao). Se deixar, comem o pacote inteiro e ainda brigam feio pelos farelos.
-Barrinhas de goiabinha da Bauducco. Adoram, comem e pedem mais (eu tenho que esconder, aqui em casa). Além de tudo é prático, pois a embalagem é individual.
-Magic Toast integral. Delícia, as meninas adoram e eu também ;)
-Chocolate Talento Intense Amêndoas (não, não tem leite). Epa, essa era para mamãe e papai. Enfim, os últimos quadradinhos foram subrepticiamente roubados de dentro do frigobar da pousada. Procuro o culpado até hoje...

As comidinhas duraram a semana inteira, e serviram também para os lanchinhos entre as refeições. Mãe precavida se poupa de (algum) estresse!

7 de fevereiro de 2011

No meio de coqueirais intermináveis


Como vocês sabem, estou de férias. Aliás, é bom lembrar, pois do jeito que anda esse blog, parece até que estou trabalhando mais do que nunca. Bem, caros amigos e amigas leitores, férias com crianças são férias DAS CRIANÇAS. Enfim, quem tem, sabe o que estou querendo dizer.
Mas chega de rodeios. Passamos a semana passada numa pousadinha escondida lá no litoral de Alagoas. Nunca tinha ida a Alagoas, dá pra acreditar? Por todos os lugares que percorremos deu pra observar uma grande mistura de casas de veraneio com casas de pescadores e várias pousadas de todas as qualidades imagináveis.
Em nenhum momento tivemos a impressão de estarmos em praias privativas, invadidas por empresários estrangeiros (ou não) se apropriando da natureza em benefício próprio, em detrimento da comunidade originalmente local. É um alívio saber que ainda existem praias bonitas nesse Nordeste sem esses novos ocupantes... O lugar é tão encantador que com certeza vamos voltar.
Trouxemos de lá muitas fotos, lembranças de comidas gostosas (vou postar algumas em breve), espetinhos de madeira lindinhos e, claro, vários pacotes de biscoito de Maragogi!



Desafio


Aquela minha amiga que me mandou uns agrados há um tempo atrás mandou outra encomenda recentemente. Dessa vez o pacote foi mais para agradar os olhos do que as papilas gustativas, mas não faltou alimento. Na caixa veio um pacote de farinha de beterraba, apensado a um desafio: fazer alguma coisa com a farinha e postar no blog. Quando vi o pacotinho, fiquei imaginando que aquele pó maravilhosamente rosa poderia ser um ótimo corante natural para alimentos diversos, mas quando abri a embalagem, o cheiro não deixava dúvidas, era beterraba pura... Bem... não sei que tipo de sobremesa aguentaria um marshmallow de beterraba, então talvez não fosse uma boa ideia colocá-lo em sobremesas...
Pois bem, cara amiga, aí está a primeira experiência. Todo mundo já ouviu falar em bolo de cenoura, certo? E em bolo de beterraba? Muito simples: pegue uma receita de bolo branco, normal, e substitua o leite por suco de beterraba.
Achei que a ideia não poderia dar errado, no mínimo teria um bolo com gosto de beterraba, o que não seria tão repulsivo para meu paladar de natureba. E no máximo, teria um bolo cor-de-rosa, da cor do suco da beterraba! O que vocês acham que aconteceu?
Pelas fotos aí em cima vocês já sabem que cor-de-rosa, o bolo não ficou... E o gosto? Absolutamente... beterraba!

Bolo com farinha de beterraba

Ingredientes:

4 ovos
1 e 1/2 xícara de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
3 col. (chá) de manteiga
1 col. (sobremesa) de fermento em pó
3 col. (chá) de farinha de beterraba diluídas em 1 xícara de água morna

Como fazer:

Separe as gemas das claras. Bata as claras em neve e reserve.
Numa batedeira, misture as gemas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Sem parar de bater, acrescente a manteiga.
Peneire a farinha juntamente com o fermento numa travessa. Quando a manteiga estiver bem misturada ao creme de gemas e açúcar, vá adicionando aos poucos o suco de beterraba e a farinha, alternadamente.
Por fim, adicione as claras em neve, delicadamente.
Coloque para assar em forma de buraco no meio previamente untada, em forno pré-aquecido a 180 °C, por aproximadamente 40 minutos.



Veredito final: o bolo não ficou com uma cor linda, mas não ficou ruim. Porém... se você não gosta de beterraba, melhor nem tentar!